O sistema financeiro passou por mudanças drásticas nos últimos anos, especialmente com o surgimento do Pix, Open Banking e, portanto, Open Finance, que trouxe um novo contexto para a indústria e a necessidade de digitalizar as transações financeiras.
De fato, os bancos no Brasil sempre tiveram um papel decisivo na inovação e no uso de tecnologia, mas sempre focaram no uso interno, o que mudou com o surgimento do mundo aberto.
Para se adaptarem ao digital, os bancos têm investido em tecnologia e buscado soluções que possam suportar essas transformações. De acordo com um estudo recente do Gartner, os gastos com serviços de TI chegarão a US $ 1,2 trilhão em 2021, um aumento de 9,8% em relação a 2020.
Nesse cenário, APIs (Interfaces) de programação de aplicativos se destacam e ocupam uma posição importante. investidos em investimentos da indústria.
Em geral, uma API é um mecanismo que permite que dois ambientes, sistemas ou entidades distintos interajam e troquem informações. Nesse sentido, o conceito de interoperabilidade passa a ser a base de tudo, assim como de todo o conceito de Open Banking e Banco como Serviço (BaaS).
Diferentes aplicações de APIs em instalações bancárias
Quando falamos em aberto, no cenário de API estamos nos referindo a um modelo padronizado no qual todas as instituições utilizam um padrão de processo específico. O modelo aberto é importante porque essa padronização permite que todo o mercado interaja de forma unificada. BaaS (Bank as a Service) é uma empresa que presta um determinado serviço a outras empresas.
A organização tem assim a oportunidade de selecionar seus parceiros, aprová-los e, assim, criar seus próprios modelos de negócios ou processos de vendas e engajamento. Se um serviço é realmente importante e relevante, ele deve ser movido do BAAS para o Open Banking.
Estas duas frentes modificam a estrutura de funcionamento dos estabelecimentos. O sistema financeiro sempre foi restrito, mas com o surgimento do Open Banking, as instituições bancárias estão se adaptando para não serem ultrapassadas pelas Fintechs. Com base nisso, um dos caminhos escolhidos pelos bancos tradicionais é a prestação de serviços a essas empresas de tecnologia.
APIs no Open Banking: potencializando o uso do portfólio aberto.
Portanto, com o compartilhamento de informações de clientes entre instituições. Por outro lado, o BAAS é cada vez mais procurado na prestação de serviços de bancos tradicionais a Fintechs.
Este âmbito de serviço deve-se à especialização de alguns estabelecimentos para determinados públicos. Por exemplo, imagine uma empresa que precisa fornecer informações meteorológicas além de seus serviços. É muito mais prático usar as APIs do Climatempo especializadas nessa área do que criar uma solução do zero.
No setor bancário, a ideia é a mesma. Se uma empresa é especializada, por exemplo, na emissão de boletos, não há motivos para uma outra instituição que não possui a mesma expertise criar uma ferramenta com o mesmo objetivo e não utilizar a API daquele banco específico.
Embora não seja a função original de uma API, algumas instituições bancárias têm utilizado esta ferramenta como estratégia de defesa contra concorrentes. Por exemplo, um banco que recebe acesso periódico aos dados do cliente e solicita um limite de crédito pode estar prestes a perder esses clientes para outra instituição.
Nesse sentido, ele tem a oportunidade de criar uma estratégia defensiva para fidelizar esses clientes, com melhores negócios, baixas linhas de crédito e baixas taxas de juros. Como resultado, as APIs estão começando a servir tanto para atrair clientes quanto para proteger contra concorrentes.
Além de que, as estratégias das organizações anteriores concentraram-se em tecnologias internas. Hoje os bancos estão indo na direção oposta. Com APIs abertas, as estratégias não se limitam mais ao escopo da organização, mas a todo o mercado.
Ou seja, com base nos dados existentes nessas APIs, é possível identificar ações de mercado ou de clientes em outros bancos e gerar processos de melhoria dentro da própria organização.
Quanto mais o mercado se adapta ao Open Process, mais ele se torna intercambiável e Inter operável, facilitando as interações e digitalização do mercado, gerando economia para os bancos e qualidade, melhor qualidade no atendimento aos clientes. API é a transformação de face a face para o digital. Tem o poder de dotar as instituições bancárias com capacidade para inovar e crescer com base nas estratégias digitais.